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Saiba quando se preocupar com os lapsos de memória

Atualizado: 28 de mai. de 2018



Todo mundo, alguma vez na vida, já pegou o telefone para fazer uma ligação e esqueceu para quem era na hora de discar... Já perdeu o carro no shopping por não fazer ideia de onde estacionou... E sair de um cômodo para fazer algo em outro e esquecer o que era no caminho?



Lapsos de memória como estes são comuns, independente da idade, e costumam render boas piadas ou anedotas para compartilhar com amigos naquele churrasco do fim de semana.


Segundo o neurologista membro titular da Academia Brasileira de Neurologia e professor da Universidade Federal de São Paulo Fabiano Moulin de Moraes, numa quantidade inofensiva,esses "brancos" são até mais saudáveis do que parecem. "Eles são uma benção, já que o saudável é não se lembrar de tudo. Porque, na prática, o cérebro não se preocupa com perfeição e sim com o suficiente", completa. Eles constituem sinal de alerta quando a frequência ou a gravidade começam a atrapalhar o cotidiano a ponto de causar prejuízos. Aí é hora de investigar a causa e buscar soluções. Moulin explica que muitos esquecimentos decorrem de falta de atenção causada pela exposição a atividades simultâneas ou excessivas. "Uma pessoa cansada, que vive ansiosa, estressada, dorme e come mal certamente vai ter a capacidade cognitiva afetada", frisa.


Estresse Com a dona de casa Alessandra Codato Eufrásio, de 43 anos, aconteceu assim. Casada, mãe de quatro filhos sendo que um deles está em tratamento oncológico -, ela enfrentou uma rotina estressante que a levou a sofrer vários "brancos". Esquecia de pagar contas, de ir a consultas médicas e outras coisas básicas do dia a dia. Estava com estafa mental e não conseguia mais me concentrar", conta.


Por orientação médica, Alessandra passou a fazer meditação e controle da respiração. "Aliado a isso, passei a caminhar todos os dias ao ar livre. Foi a alternativa que encontrei para aliviar a tensão do dia a dia", comenta. Deu certo. "A caminhada é o momento que tiro para mim e o que me ajuda na concentração, na memória e no alívio do estresse", garante.


Moulin aprova. "Pequenas mudanças na rotina podem fazer muita diferença na vida das pessoas. O problema, hoje, é que se confunde o comum com saudável. Ou seja, é comum que as pessoas não durmam bem, que tenham vidas estressantes. Mas, na verdade, isso é péssimo, não é saudável!".


DICAS PARA MELHORAR A MEMÓRIA


DORMIR BEM Só há possibilidade de haver memória com sono. Porque é durante a noite que tudo aquilo que a pessoa viveu durante o dia é consolidado, quando o que importa fica e o que não é acaba eliminado. Por isso, quem dorme mal tem problemas de memória.


INFORMAÇÕES Cuidar do volume de informações na memória é importante. Por isso, não cheque o telefone o tempo todo, aprenda a tolerar o tédio ou faça dele algo produtivo. Uma das maneiras de fazer isso é meditando, já que esta é uma academia maravilhosa da atenção.


ATENÇÃO Quando alguém não se lembra de algo, acredita que tem um problema de memória. Mas, na verdade, não é. Para ter memória é preciso ter atenção e é aí que se tem o problema, pois a cabeça da pessoa nunca está no "aqui e agora", mas pensando em muitas outras coisas.


MOTIVAÇÃO Só tem atenção quem tem motivação. Daí a importância de fazer algo de que se goste, para ter motivação e entusiasmo. Não é à toa que pessoas com depressão, que perdem a motivação, têm prejuízos de memória. Cuidar da felicidade, do propósito e do humor também é importante para a memória.


ROTINA Criar mecanismos para facilitar o dia a dia pode ser uma boa opção para quem tem brancos. Se a pessoa percebe que ao sair da rotina a memória piora, vale a pena adquirir um padrão, que pode ser algo simples, como anotar os compromissos em uma agenda, por exemplo.


ATIVIDADE FÍSICA A atividade física é o melhor remédio para a memória. Isso vale, inclusive, para quem tem Mal de Alzheimer, por exemplo, já que em quem pratica atividade física a evolução da doença é mais lenta do que naquele que não faz nenhuma.


FONTE: Fabiano Moulin de Moraes, neurologista membro titular da Academia Brasileira de Neurologia e professor da Universidade Federal de São Paulo


Via: Academia Brasileira de Neurologia.

www.abneuro.org.br





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